DARPA testou com sucesso um segundo modelo de míssil de cruzeiro hipersônico

Quando, em Março de 2018, Vladimir Putin anunciou que o míssil balístico aerotransportado hipersónico Kinzhal entraria em breve em serviço, todas as forças armadas ocidentais compreenderam que esta nova tecnologia se tornaria rapidamente um imperativo operacional, e que nesta área, a tinham deixado para a Rússia, mas também para a China, que apresentou o seu próprio míssil hipersónico DF17 no ano seguinte, uma vantagem demasiado significativa. Se os europeus, como sempre, reagiram com a velocidade de um pepino-do-mar, os japoneses, os australianos, os sul-coreanos e especialmente Estados Unidos, reagiu com rapidez e determinação, implementando rapidamente programas destinados a adquirir este tipo de armamento o mais rapidamente possível. Um dos principais programas americanos nesta área é o programa HAWC para Hypersonic Air-breath Weapon Concept, um míssil de cruzeiro hipersônico movido por um motor de respiração aérea do tipo Scramjet e desenvolvido pela DARPA, a agência de pesquisa e desenvolvimento dos EUA.

Apenas três anos após o seu lançamento, o programa HAWC fez progressos consideráveis. Já em setembro passado, DARPA anunciou o primeiro voo hipersônico do modelo desenvolvido pela Raytheon e Northrop Grumman, e que a maior parte dos objectivos iniciais foram alcançados durante este voo, sem se saber se foi realmente o primeiro voo deste modelo, nem as performances alcançadas. A DARPA foi um pouco mais detalhada em um comunicado de imprensa ontem., anunciando o sucesso de um voo hipersônico do segundo modelo de míssil de cruzeiro, desta vez desenvolvido pela Lockheed-Martin. Ficamos assim a saber que o míssil teria ultrapassado a velocidade de Mach 5, definida como o limiar hipersónico, a altitude de 65.000 pés e que voou mais de 300 milhas, ou 560 km. Aprendemos também que o míssil foi inicialmente impulsionado por um propulsor sólido tradicional, permitindo-lhe atingir a velocidade necessária para que o Scramjet desenvolvido pela empresa Aerojet Rocketdyne pudesse assumir e impulsionar o míssil além de Mach 5.

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No início da década de 2010, o X-51A Waverider movido por um motor do tipo Scramjet havia ultrapassado a velocidade de 7000 km/h ou Mach 6

A utilização de um Scramjet, em vez de um propelente de pólvora como no míssil Kinzhal, tem muitas vantagens, principalmente porque o oxidante necessário para a reação térmica que produz o empuxo é fornecido pelo ar atmosférico. Assim, o Scramjet é muito mais leve, com a mesma capacidade, que um motor a pólvora que transporta combustível e oxidante, oferecendo maior alcance potencial e maior flexibilidade de uso e manobra. Os Estados Unidos já haviam investido nesse tipo de tecnologia, com o demonstrador X-51A Waverider testado no início da década de 2010. Porém, o novo scramjet desenvolvido pela Aerojet Rocketdyne, que já havia desenvolvido o motor X-51, é duas vezes mais leve e mais eficiente do que o protótipo, oferecendo oportunidades de aplicação operacional muito mais sérias do que antes.


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